O verão é a estação da alegria para muitas crianças: sol, praia, piscina e brincadeiras ao ar livre. Porém, a maior exposição a suor, umidade, e insetos também pode abrir espaço a alergias.
Verão protegido: alergias de calor em crianças
Para evitar que “alegria e alergia” se confundam, reunimos algumas das reações cutâneas mais comuns e também cuidados para prevenção.
Boa leitura!
Alergias de verão
Vermelhidão, coceira e bolinhas na pele são sintomas comuns que podem ser acentuados diante da exposição ao sol e ao calor.
Essa fotossensibilidade também pode atingir adultos, especialmente pessoas de pele muito clara.
Aqui, a melhor saída é a prevenção: evitar a exposição solar entre 10h e 16h, usar roupas com proteção UV e protetor solar. Em caso de manifestações mais severas, é importante buscar orientação médica para aliviar os sintomas.
Alergia a picada de insetos
Pele exposta em clima quente e úmido são um prato cheio para picadas de insetos.
Picadas de mosquitos e borrachudos podem causar reações locais, como coceira e inchaço na pele das crianças. Nesses casos, especialistas podem recomendar o uso de pomadas antialérgicas.
Já as picadas de formigas, vespas e abelhas podem desencadear reações alérgicas mais graves, como a anafilaxia. Aqui, é essencial procurar atendimento médico imediatamente.
E quando o protetor solar e o repelente causam alergias?
Sim, isso pode acontecer: o que era para prevenir, acaba causando o problema.
Algumas substâncias presentes em sabões, xampus, perfumes e mesmo em protetores solar e repelentes de insetos podem desencadear irritação ou alergia de contato na pele das crianças.
Uma criança que passa menos protetor solar e repelente ao longo do ano pode ter algum tipo de reação na pele quando passa a usar esses produtos no verão.
Porém, vale ressaltar a importância de proteger a pele dos pequenos.
Dê preferência a produtos hipoalergênicos e observe como a pele responde à utilização.
Outras alergias ou dermatites de contato
Peles sensíveis podem ter reações de alergia ou irritação diante do contato com outros materiais e produtos.
Metais e Tecidos sintéticos
Dermatites de contato também podem acontecer pelo contato de metais com o suor ou mesmo pelo uso de roupas sintéticas, em que a pele respira menos. É importante observar os locais em que as reações cutâneas aparecem para preveni-las.
Plantas
Nas férias, seja na praia ou no campo, é comum que as crianças brinquem em áreas verdes, e isso é ótimo
Porém, algumas plantas podem desencadear coceiras, vermelhidão e até bolhas na região do contato. São as chamadas fitodermatoses. Exemplos comuns dessas plantas são a comigo-ninguém-pode, a arnica, o hibisco e a arruda.
Atenção: o contato com frutas cítricas seguido de exposição solar pode gerar queimaduras químicas que lembram alergias. O termo médico para isso é fitofotodermatite. Apesar de não ser uma alergia propriamente dita, é importante ter cuidado no manuseio de frutas como limão, laranja, tangerina, abacaxi, kiwi e caju.
Dermatite atópica infantil pode deixar a pele mais sensível a alergias
A dermatite atópica é uma doença de pele comum em crianças. Ela deixa a pele muito seca, eventualmente apresentando crostas, descamação, erupções e muita coceira.
No verão, a dermatite atópica pode ser agravada pelo contato com suor, areia e exposição a substâncias alergênicas.
A pele dessas crianças com essa condição é mais seca e sensível, por isso, a hidratação é essencial.
Use produtos específicos, sem fragrância e hipoalergênicos.
Prevenção é alegria!
Banhos de mar e piscina podem ressecar bastante a derme. Para evitar isso, o hidratante corporal funciona como um escudo protetor e ajuda a reduzir irritações na pele.
Confira mais cuidados:
- Evitar exposição solar entre 10 e 16h
- Beber bastante água
- Tomar banho rápido com água morna e com quantidade moderada de sabonete
- Utilizar sabonetes líquidos infantis
- Evitar buchas no banho
- Hidratar a pele após o banho – e pelo menos mais uma vez ao dia
- Optar por produtos hipoalergênicos
- Priorizar roupas leves de algodão
- Lavar as roupas com sabão líquido, sem amaciante
- Remover as etiquetas das vestimentas
Fontes: SBD 1, 2 | ASBAI | Ministério da Saúde
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil