Câncer infantojuvenil: orientações e cuidados
Os cânceres infantojuvenis são normalmente causados por células que ainda estão em formação. Assim, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o tratamento tende a responder com mais eficácia do que em outras faixas etárias.
A cada ano, 12,5 mil casos de câncer em crianças e adolescentes são registrados no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
Você confere abaixo algumas informações sobre o assunto, como sintomas, formas de cuidado e a importância do diagnóstico precoce. Siga a leitura!
Principais tipos de câncer infantojuvenil
Os tumores mais frequentes em crianças e adolescentes são os do sistema nervoso central, do sangue (leucemia) e do sistema linfático (linfoma), de acordo com a SBP.
Apesar da característica embrionária, a recomendação dos pediatras como estratégia preventiva (não apenas para crianças) é cultivar hábitos saudáveis.
Quais? Praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada, e cultivar momentos de lazer e sociabilidade.
O direcionamento é válido para todas as pessoas, especialmente para aquelas que têm predisposição genética na família e/ou fatores de risco (tabagismo, consumo de álcool etc). Assumir o compromisso em conjunto é uma boa forma de inspirar bons hábitos.
Sintomas comuns
Os primeiros indícios de um câncer em crianças e adolescentes são semelhantes aos de muitas doenças recorrentes nessa fase da vida. Nesse sentido, fazer exames e consultas regulares ajuda a identificar se algo está errado.
-
CONFIRA UMA LISTA COM OS SINTOMAS COMUNS:
- Dores persistentes nos ossos, articulações e costas
- Febre, palidez, fadiga e perda de peso inexplicadas
- Leucocoria: quando a pupila fica esbranquiçada
- Sudorese noturna
- Estrabismo repentino
- Aumento do testículo
- Sangramento vaginal
- Tosse seca persistente
- Dor de dente que não cessa com tratamento dentário
- Inchaços sem explicação no corpo, principalmente se indolores e sem febre
- Sinais precoces de puberdade: voz grave, acne, ganho de peso repentino, pelos pubianos e aumento das mamas
A importância do diagnóstico precoce
Se a identificação do câncer acontecer em um estágio em que ele está mais recente e “localizado” (não passou por metástase e se espalhou pelo corpo), maior é a possibilidade de cura. O diagnóstico é obtido apenas por avaliação médica.
Segundo o INCA, 80% das crianças e adolescentes com a doença podem ser curados se forem diagnosticados cedo e encaminhados para centros de tratamento apropriados.
Porém, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, muitos pacientes chegam nesses locais com a doença já em estágio avançado.
Como funciona o tratamento
O câncer infantojuvenil deve ser cuidado por uma equipe oncológica pediátrica em conjunto com médicos de outras especialidades, a depender de qual região do corpo é afetada.
O tratamento contempla muitas modalidades: quimioterapia, radioterapia, cirurgia, imunoterapia, transplantes de medula óssea e/ou órgãos.
Ao sinal persistente – e inexplicável – dos sintomas mencionados, procure com urgência atendimento especializado para a criança.
As consultas de rotina ao pediatra são essenciais para acompanhar o desenvolvimento e mapear eventuais problemas de saúde. Mas você sabia que meninos tendem a ser levados menos ao médico do que as meninas? Vale ler este artigo para saber mais sobre os cuidados da saúde dos meninos.
Fontes: Sociedade Brasileira de Pediatria 1, 2 | INCA | Ministério da Saúde
Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil