Quais os impactos do cigarro eletrônico para a saúde?

Você já deve ter visto alguém usando os famosos cigarros eletrônicos — os “vapes” ou “pods”. Eles viraram febre, especialmente entre os jovens, com seus sabores adocicados, formatos modernos e uma aparência “inofensiva”.

Mas será que eles são mesmo tão seguros quanto parecem?

Por trás da fumaça doce, existe uma realidade preocupante que afeta a saúde de quem usa… e de quem está por perto.

Neste artigo, você vai entender os verdadeiros riscos do cigarro eletrônico e porque ele está no centro de um alerta de saúde pública.

O que é o cigarro eletrônico?

O vape é um dispositivo alimentado por bateria que aquece um líquido e o transforma em vapor para ser inalado. Parece simples, mas o que está dentro dele é motivo de atenção:

  • Nicotina (a mesma substância viciante do cigarro comum);
  • Essências flavorizantes (que dão aroma e sabor);
  • Substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido benzoico;
  • Água, que serve de base para a mistura.

E tem mais: a concentração de nicotina nesses dispositivos pode ser muito maior do que se imagina.

Um estudo da USP com a Vigilância Sanitária de SP revelou que a nicotina no sangue de quem usa vape pode ser até seis vezes maior do que a de quem fuma um maço de cigarros por dia.

Como o cigarro eletrônico afeta o corpo?

Muita gente acredita que o vapor do cigarro eletrônico faz menos mal do que a fumaça do cigarro tradicional. Mas não é bem assim.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), qualquer forma de consumo de nicotina é prejudicial. Não importa se é vapor ou fumaça: os danos existem.

Entre os principais riscos do cigarro eletrônico estão:

  • Tosse e dor no peito;
  • Falta de ar e lesões nos pulmões;
  • DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica);
  • Aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial;
  • Inflamações no estômago, intestino e vasos sanguíneos;
  • Maior risco de AVC e doenças cardíacas.

Além disso, o uso contínuo pode levar à dependência e abrir caminho para o uso do cigarro convencional ou outras substâncias nocivas.

E quem está por perto? Quais são os riscos para os fumantes passivos

Engana-se quem pensa que os efeitos se limitam a quem fuma.

O vapor liberado pelo cigarro eletrônico — chamado de aerossol — também contém substâncias tóxicas. Ou seja: quem está ao redor também é exposto, mesmo sem fumar diretamente.

Isso é especialmente preocupante em ambientes fechados e quando há gestantes, crianças ou pessoas com doenças respiratórias por perto.

O melhor é evitar

 Se você chegou até aqui, já entendeu: o cigarro eletrônico está longe de ser inofensivo.

  • Não ajuda a parar de fumar;
  • Contém nicotina e outras toxinas;
  • Prejudica a saúde de quem usa e de quem convive;
  • Cria dependência e facilita o acesso ao cigarro comum.

Por isso, o melhor é não cair na armadilha.

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Fontes: AMB | SBC | SBOC | Ministério da Saúde

Revisão técnica: equipe médica da Unimed do Brasil


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