19 Janeiro 2025
Já ouviu falar de hanseníase? Talvez você conheça pelo antigo nome “lepra” (termo que já não é mais utilizado). É uma doença infecciosa causada por uma bactéria bastante resistente, chamada Mycobacterium leprae. Apesar de séria, ela tem tratamento e cura.
O Brasil é o segundo país com maior número de casos de hanseníase no mundo. Por isso, é fundamental entender a doença e como preveni-la. É sobre isso que falaremos neste artigo!
Os sinais que pedem atenção
A doença pode se apresentar de diversas formas, variando de casos mais leves até quadros mais graves.
- Manchas na pele, de cor branca, avermelhada ou amarronzada, que podem perder a sensibilidade (não sente calor, frio, ou até mesmo um beliscão).
- Alterações neurológicas, que provocam sensação de formigamento, fisgadas, perda de força muscular e dormência nos braços e pernas.
- Caroços ou nódulos, às vezes doloridos, espalhados pelo corpo.
- Comprometimento dos nervos, podendo causar dificuldade de sentir, segurar objetos, se mexer e até andar.
Como acontece o contágio?
Fique tranquilo, a hanseníase não pega fácil. A transmissão acontece pelo ar, quando uma pessoa com a doença sem tratamento espirra, tosse ou fala muito próximo de alguém. Mas esse contato precisa ser prolongado para a doença ser transmitida.
E boa notícia: a maioria das pessoas tem imunidade natural e nem desenvolve a doença.
Descobrir cedo faz toda a diferença
O diagnóstico é principalmente clínico, ou seja, um médico observa as lesões na pele, a sensibilidade e o comprometimento dos nervos para determinar se irá pedir exames extras. A baciloscopia, por exemplo, pode ajudar a confirmar.
Quanto mais cedo você descobre, menos chances de complicações e mais rápido interrompe a transmissão. Então, fique de olho. Notou algum sinal de hanseníase? Procure logo um médico.
O tratamento é fácil
A hanseníase tem cura! O tratamento, que também é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, combina antibióticos que acabam com a bactéria, podendo durar de 6 meses a 1 ano.
Vale destacar: mesmo que os sintomas sumam antes, faça o tratamento até o fim. Isso evita recaídas e garante que a bactéria não vai voltar.